quarta-feira, 18 de novembro de 2015

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Lá fora o uma sinfonia incessante de grilos 
se misturam com o doce e melodioso som das ondas quebrando 
suavemente na praia.
Uma brisa suave invade a sala, 
me trazendo lembranças das noites que essa casa se enchia com a sua presença, inebriante.
Hoje só resta o silêncio e a solidão que maltrata e sufoca no peito um grito de dor, uma dor que vem do fundo da alma que está a sangrar.
Fecho meus olhos e deixo meus pensamentos me levar, mas sou traída pelo meu coração, na minha ânsia de te ver novamente, te sinto, te desejo…te chamo.
Meu corpo precisa do teu, sentir teu calor, teu cheiro, ouvir as batidas do teu coração, dedilhar tua pele quente deixando o rastro das minhas digitais.
Sentir teu gosto em minha boca... saudade incontrolável de ouvir tuas obscenidades sendo sussurradas ao pé do ouvido no meio da noite, desejando meu corpo, me tomando como a única em tua vida, me amando como se fosse a última vez.
Um violento trovão me puxa para a realidade, me vejo absolutamente sozinha a taça de vinho vazia, e as lembranças me rondando como se quisessem me dizer que tentar esquecer você é absolutamente impossível, e que não há no mundo se quer outro que possa ocupar o lugar que já foi seu.
Pois não há outro sorriso como o teu, outro olhar apaixonado que trocávamos, outro beijo de reencontro depois de um longo tempo sem nos ver, outro abraço que tenha o encaixe perfeito para meu corpo.
Tudo isso é só teu. E é justamente tudo isso que eu quero de volta para mim e para sempre em minha vida.

Te amo hoje, amanhã e sempre.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Sonhos perdidos.


E foi assim...
A mesa estava com pilhas de papéis, lembretes de reuniões, telefone inquieto, quando eu senti uma leve brisa tocar meu rosto, aspirei fundo aquela brisa e nela estava seu perfume.
Foi como um soco no estômago.
Girei minha cadeira para a imensa janela abrindo-a ainda mais, tentando fazer com que entrasse mais daquele perfume, teu perfume.
O desespero tomou conta e veio uma chuva de lembranças, não havia me dado conta que o dia estava cinzento, que uma leve garoa descia preguiçosamente e tocava meu rosto, os pensamentos aos poucos foram serenando, você havia estado em meus sonhos na noite passada e deixou sua marca em minha alma.
Foi um sonho tão real, que poderia jurar de pés juntos que senti o cheiro da tua pele, o calor do teu abraço, senti teus lábios tocarem os meus, pois, ainda sentia o teu gosto.
Teu sorriso, tua voz... foi tudo real, e um grito sufoca no peito, a distância que se coloca entre nós é cruel e avassaladora, 
Me sinto perdida, pois, sei que logo essa sensação vai embora e é a única coisa que me resta de você, te ter em sonhos nas noites solitárias.
Agonizar na saudade e em prece silenciosas pedir que meu caminho cruze com o seu novamente, e que não haja mais empecilhos, ou distância que possa nos separar.
Eu preciso estar em teus braços nas tardes de inverno chuvosa, por que teu corpo foi feito pensando no meu, o encaixe é perfeito. Eu preciso de você na primavera, pra sentar em um banco, em uma praça qualquer e observar a natureza em nossa volta. Eu preciso de você nas noites de verão, apenas por que você é o único que me faz sorrir, e admira minha beleza, mesmo que eu esteja descalça e com os cabelos desalinhados. Eu te preciso no outono, jogados em um sofá, fazendo planos banais que podem ou não se realizar, por que indiferente de eles acontecerem, teremos a certeza que sempre estaremos juntos, caminhando lado a lado de mãos dadas, nos amando e desejando.

Me pergunto silenciosamente olhando a garoa do fim de tarde, quando que meu sonho se tornará real?

Ainda te amo

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